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MATRIZ DE MATERIALIDADE E INOVAÇÃO ABERTA: UMA DUPLA PERFEITA PARA ACELERAR AS SUAS METAS DE SUSTENTABILIDADE.



Por: Marco Aurelio Chaves | Sócio e Co-fundador do iImpact ESG Corporate Hub - 03/04/24.


A conexão entre inovação aberta e sustentabilidade tem se tornado cada vez mais uma pauta importante no mundo dos negócios, principalmente quando falamos da agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) e das metas ambiciosas de neutralidade de carbono até 2050. Nesse contexto, o ecossistema de startups surge como um agente transformador e crucial, trazendo novas ideias, tecnologias e uma visão de futuro para atender a essas metas e demandas corporativas urgentes.


Mas como exatamente as empresas podem se aliar a essas novas empreitadas para acelerar suas metas de sustentabilidade? A resposta pode estar na interação estratégica entre a matriz de materialidade e a inovação aberta conectada ao ecossistema de startups, essa conexão tente alavancar e acelerar todas as metas e acordos que as empresas precisam entregar o quanto antes, pois como bem falamos, estamos na década da ação quando o assunto é a pauta de sustentabilidade.


A matriz de materialidade, é uma ferramenta estratégica poderosa utilizada pelas empresas para identificar e dar prioridade as questões mais importantes para a organização e os seus stakeholders. Essa matriz permite que as empresas identifiquem seus riscos ambientais, sociais e de governança (ESG), e devem estar alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que é um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. E quando combinada com a inovação aberta, pode criar um ambiente propício para o desenvolvimento sustentável. Esta abordagem permite que as empresas não apenas reconheçam os desafios mais críticos que enfrentam em termos de sustentabilidade, mas também se abram para soluções inovadoras provenientes do mundo dinâmico e mais rápido das startups.


ECOSSITEMA DE ESGTECHS NO BRASIL


O ecossistema de startups, conhecido por sua agilidade e capacidade de inovação e disrupção, oferece uma gama de soluções tecnológicas e criativas que podem ajudar as empresas a alcançar suas metas ESG e de net zero de maneira mais eficaz. Seja através de tecnologias limpas, modelos de negócios circulares ou plataformas de eficiência energética, as startups estão na vanguarda da inovação em sustentabilidade. Inclusive o Brasil tem uma relevância importante dentro desse cenário em recente pesquisa conduzida pela Fundação Dom Cabral juntamente com a Innovation Latam, 6 em cada 10 startups de impacto na América Latina são brasileiras, diz o estudo e já são mais de 2.700 startups mapeadas em 3 anos de edição.

Considerando essa metodologia, a FDC lançou o selo iImpact. Uma iniciativa que reconhece startups da América Latina com soluções ligadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e às boas práticas de negócios ESG.


O selo é concedido anualmente após uma análise que possui uma metodologia baseada em evidências e critérios rigorosos. O selo permite que startups interessadas em participar do processo de seleção e reconhecimento possam se qualificar e mostrar ao mercado o compromisso em promover soluções que corroborem a Agenda 2030, em 2022, foram concedidos 151 selos para empresas latino-americanas, sendo 98 brasileiras.

Ao adotar uma estratégia de inovação aberta, as empresas podem também colaborar com startups para co-desenvolver soluções que não apenas atendam às suas metas de sustentabilidade, mas também impulsionem a inovação, o crescimento e a competitividade no mercado e ajude a fortalecer o ecossistema.



A criação de squads multidisciplinares com metodologias agéis para essa co-criação de produtos e serviços para as corporações tem um ganha gigantes para todos que estão inseridos dentro desses projetos, principalmente para a empresa que tem na prática a vivência de modelagem de negócios inovadores.


Um exemplo dessa colaboração pode ser visto na indústria de energia, onde empresas bem estabelecidas estão trabalhando com startups de tecnologia limpa para desenvolver soluções de energia renovável mais eficientes e sustentáveis. Essas parcerias não apenas aceleram o caminho para o net zero, mas também oferecem oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para ambos os lados, para se ter uma ideia da magnitude desse mercado segundo levantamento da Liga Ventures, de julho de 2023, existem atualmente 241 energytechs ativas no Brasil. Os segmentos que mais se destacam são os de eficiência energética (45 empreendimentos), geração compartilhada (44), data analytics (29) e gestão de consumo (26).


Dentro desse cenário de inovação e tecnologia o Brasil tem tudo para ser protagonista e liderar a transição energética no mundo, no quadro abaixo mostra o quanto estamos à frente na utilização de energia limpa perante outros países do mundo todo. Temos tecnologia, clima, bioma, tudo para liderar e exportar toda essa gama de inovação para outras nações, o que precisamos é de mais incentivo do poder público para acelerar ainda mais essa transição energética limpa e ajudar as metas do Brasil junto a agenda 2030.



MATRIZ DE MATERIALIDADE E INOVAÇÃO ABERTA


Além de promover a inovação, a interação entre empresas, matriz de materialidade e startups também pode ajudar a identificar riscos e oportunidades anteriormente não percebidos, melhorando a gestão e o desempenho ESG das empresas. Isso demonstra a importância de uma abordagem holística e integrada à sustentabilidade, que leva em consideração a inovação, a colaboração e o engajamento proativo com o ecossistema de startups. Plugar uma inovação ou alguma startup em cada tópico e ODS da matriz tem uma ganho exponencial para que aquela meta seja atingida antes do seu prazo estabelecido.

Inclusive hoje estou liderando uma consultoria em inovação corporativa chamada iImpact ESG Corporate Hub que tem o propósito de alavancar a agenda ESG da empresas justamente fazendo a interação da matriz de materialidade, ODS e inovação aberta.


Contudo, para que essa colaboração seja bem-sucedida, é essencial que haja uma alinhamento estratégico e cultural entre as lideranças das empresas e as startups. Isso inclui a disposição para compartilhar conhecimentos, riscos e recompensas, bem como o comprometimento com princípios de sustentabilidade e inovação e ter a visão de curto, médio e longo prazo. Além disso, a criação de mecanismos de governança e frameworks de colaboração claros pode facilitar uma parceria eficaz e sustentável a longo prazo.


Em conclusão, a interação entre a matriz de materialidade e a inovação aberta com o ecossistema de startups representa uma oportunidade valiosa para as empresas acelerarem suas metas de sustentabilidade e ambições de net zero. 


Ao se engajarem com startups inovadoras e adotarem uma abordagem colaborativa, as empresas podem não apenas avançar em direção a um futuro mais sustentável, mas também estimular a inovação, o crescimento e a competitividade no mercado. À medida que nos aproximamos de 2030, essa colaboração entre o tradicional e o novo será fundamental para moldar um futuro empresarial que seja ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo.


Por: Marco Aurelio Chaves | Sócio e Co-fundador do iImpact ESG Corporate Hub | 03 de Abril de 2024

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