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A OUSADIA ELEVA A BARRA DA INOVAÇÃO NO MUNDO PÓS COVID.

A OUSADIA ELEVA A BARRA DA INOVAÇÃO NO MUNDO PÓS COVID.

Por Marco Aurélio Chaves - www.linkedin.com/in/macppg


Começo esse artigo fazendo uma pergunta, no dia 17 de novembro de 2019, você tinha claro qual era a estratégia da empresa que você trabalha? E sua vida profissional, você tinha em mente quais seriam os próximos passos a serem dados para traçar o seu futuro?


Escolhi essa data pois foi quando o governo Chinês notificou o primeiro caso confirmado do COVID-19, por outro lado a OMS (Organização Mundial da Saúde) defende que o primeiro caso foi no dia 8 de Dezembro de 2019, mas vamos trabalhar com a primeira data. O mundo não tinha ideia do que estava por vir, quais seriam os impactos para as maiores economias do mundo, para os milhões de empreendedores que fecharam seus negócios que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dados da sua recente pesquisa, foram mais de 522 mil empresas que fecharam suas portas devido a pandemia no Brasil.

Sem contar a digitalização emergencial a toque de caixa que as empresas tiveram que implementar, e os que precisaram pivotar seus modelos de negócios em busca de sobrevida, enfim, foram inúmeros acontecimentos que marcarão para sempre a forma que vivemos em sociedade, como nos relacionamos como indivíduos e principalmente para o mundo dos negócios, que muitos defendem que evoluímos 10 anos em 5 meses. Mas afinal, como o mercado global irá reagir ao pós Covid, como iremos nos adaptar a essas mudanças radicais que fomos duramente atingidos e nem todos estavam preparados?

Acredito que ninguém tem essa resposta, mas temos algumas diretrizes e ideias dessa retomada e como iremos nos reinventar em todos os quesitos. Conhece aquela expressão: “Elevar a barra”, mas aqui eu mudo o contexto “A ousadia eleva a barra”. É com esse tom que quero seguir esse artigo, como falei anteriormente não temos as respostas para esses questionamentos, mas vamos aqui pontuar algumas diretrizes que podem ajudar a retomada da economia.

PARCERIAS ESTRATÉGICAS FORA DOS PADRÕES

A cada dia surge uma nova notícia sobre uma parceria estratégica entre uma grande empresa com uma Startup de sucesso, ou 2 gigantes se unem para se diferenciar no mercado e ganharem ainda mais Market-share.

Essa ousadia em alianças estratégicas de empresas totalmente diferentes em seu core business é o que mais me agrada, por exemplo vimos recentemente o C6 Bank se unir com a TIM para alavancar a base de clientes e ofertar conta digital atrelado a dados móveis, resultado disso, deu tão certo que outros players do mercado tais como o Banco Inter e a Claro começaram a replicar essa estratégia.

Outra aliança inusitada foi o NuBank e a Amazon que uniram forças para penetrar no mercado Mexicano. Uma startup 100% brasileira fazendo um movimento com uma gigante global para alavancar sua estratégia de expansão internacional.

Puxando um pouco o gancho sobre esse assunto, segundo a CBINSIGHTS, o ecossistema de Fintechs da América Latina é um dos mercados mais quentes para se investir, e são 3 os motivos, entre eles a adoção massiva de novas tecnologias perante os usuários. O gráfico abaixo mostra bem essa curva de evolução dos deals feitos de 2013 à 2019.


Está bem claro que esses movimentos de parceria viraram tendência e as áreas estratégicas e o corpo C-Level das empresas estão ousando e tomando mais riscos para se diferenciarem. Esse efeito é muito positivo para a economia pois cria novos elos e novos produtos que ajudam a roda da economia a girar mais rápido.


“ESCOLHA PARCEIROS QUE TENHAM A MESMA VISÃO ESTRATÉGICA QUE A SUA.”

Não tem nada de novidade empresas se unirem, mas o que muda afinal?

O que muda é a forma de criarem novos produtos. O mindset é completamente diferente, a forma de pensar o produto tem toda uma lógica de colocar o cliente no centro, além de ser data driven, ou seja, orientada a dados para se ter uma ideia um estudo realizado pela IBM em 2017, estima-se que 90% de todos os dados armazenados em seus data centers tinham dois anos ou menos.

Dados esses que são coletados dos mais diferentes canais, diretamente da fonte mais rica de conhecimento para os negócios: o cliente. Estes dados tratados geram novas formas de ser fazer negócios, inovações na entrega, relevantes para o time ou ao Squad, elevando o valor percebido do produto ao cliente final.

Empresas com mindset e cultura semelhantes, além de se posicionarem digitalmente, tem significativamente maiores chances de sucesso em suas parcerias, elevando ainda mais sua performance quando adeptas a metodologias ágeis e ferramentas modernas para metrificar sua eficiência.

CRIE NOVOS CANAIS DE VENDAS E OFEREÇA NOVOS MÉTODOS DE PAGAMENTO

Recentemente fui ao supermercado que faz parte de uma grande rede em São Paulo, fiz algumas compras e quando me direcionei ao caixa eu estava apenas com o meu celular e me dei conta que estava sem minha carteira.

Quando tirei meu celular para pagar por aproximação a atendente me disse que eles não aceitavam pagamento por esse método, de cara fiquei muito surpreso, pois estava em um estabelecimento grande que possuem várias lojas em todo o estado de São Paulo.

É esse tipo de erro grotesco que as empresas não podem cometer nos dias de hoje, nós clientes queremos comodidade e rapidez na adoção de novas tecnologias, ainda mais aquelas que te façam ganhar tempo.

Conheça tudo sobre o seu cliente, saiba ouvi-lo e implemente rápido os seus feedbacks, elimine toda fricção na hora da compra as empresas precisam deixar na jornada do cliente mais leve. Ofereça para eles múltiplas formas de pagamentos, conecte com as principais empresas de delivery, insira novos canais digitais de venda, entre outros atributos para que o cliente possa realizar sua jornada de uma forma extremamente prazerosa e com experiência e usabilidade única.

Por exemplo, a tendência para os meios de pagamento é que seja sem contato, para diminuir o contágio da COVID-19, isso mostra que a marca está atualizada e segue à risca os protocolos sanitários e de saúde e bem-estar para seus clientes.

Para se ter uma ideia, a ACI Worldwide estimou que 55% das compras de comércio eletrônico seriam feitas com pagamentos alternativos "sem cartão" em 2019, imagine a partir de agora com a pandemia esses números serão bem maiores, e sua empresa não pode ficar de fora desse contexto.

ESTEJA PREPARADO PARA O 5G E INTERNET VIA SATELITES

Uma grande lição que podemos tirar de tudo o que aconteceu nesses últimos 6 meses de pandemia e isolamento social é aquele senso errado de tempo e de futuro que muita gente tinha, é claro que ele caiu por terra.

Creio que muitos já ouviram de algum gestor ou CEO aquela frase emblemática.

“Não vamos fazer isso agora isso é coisa para o futuro”. Principalmente no quesito tecnologia, a partir de agora muitas empresas vão repensar seu senso de urgência e destinar um budget bem maior para essas áreas chaves de qualquer empresa.

Essas novas tecnologias e novas formas de conectividade vão assegurar muito mais velocidade de download e upload, melhorar consideravelmente a estabilidade de sinal, ampliar a cobertura e, principalmente, muito mais capacidade de trabalho em tempo real com volumes de dados processados bem superior aos praticados nos dias de hoje.

O Brasil ainda está longe de ofertar a rede 5G real, pois existem muitas questões burocráticas para serem tratadas até os leilões finais das frequências serem feitos. Mas já existe um projeto chamado 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing) que está sendo implementando por algumas empresas de telefonia no Brasil, sendo assim, as operadoras brasileiras que ofertarem esse serviço pré 5G ainda não entregarão uma experiência completa da quinta geração de redes móveis para os usuários, mas entregará maior velocidade e até latência menor em comparação com o 4G atual.

Já a tão sonhada ultra rápida internet via satélites na lown orbit da terra, já é uma realidade, mas que levará um certo tempo até chegar ao nosso país. A SpaceX empresa do lendário empreendedor Elon Musk já conta com 60 satélites em fase de testes, e que em um futuro bem próximo irá contar com mais de 4 mil satélites formando sua constelação de rede global.

Qual o ponto que quero chegar aqui é, invista em tecnologia de ponta, deixe sua área de TI bastante robusta e segura, contrate pessoas que pensam grande e a longo prazo, sempre fique um passo a frente da concorrência e esteja preparando para quando tudo estiver disponível no mercado serem os primeiros a contratar esses serviços, ganhe vantagem competitiva ofertando tecnologia de ponta aos seus clientes e parceiros.

Veja os exemplos da Magalu a varejista registrou R$ 7,7 bilhões em vendas no primeiro trimestre de 2020, teve um crescimento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado, como diz a Luiz Helena Trajano presidente do conselho da empresa, eles pensam e agem como uma startup.

Já a Via Varejo está muito bem perante a concorrência e tiveram números surpreendentes no primeiro trimestre desse ano em comparação ao ano passado. Os resultados do 2ª trimestre ainda não saíram, mas o mercado está extremamente otimista com os resultados que estão por vir.

IMPLEMENTE A CULTURA DIGITAL E DE INOVAÇÃO TOP DOWN

Hoje a buzz word do momento sem dúvida é Transformação Digital, ouvimos todos os dias nas lives com executivos dizendo que estão implementando a TD em suas empresas, mas a pergunta que fica é a seguinte. Será que todos sabem o que realmente é Transformação Digital?

Uma coisa é certa, Transformação Digital não é apenas digitalização de áreas e processos, tem muito mais elo com pessoas do que TI propriamente dito.

Por isso quando falamos em Cultura Digital nas empresas esse assunto tem total sinergia com pessoas, então se você quiser começar uma transformação digital de fato, inicie pelo alto escalão da empresa, veja se o seu corpo de C-leves tem o mindset digital e ideal para navegar nesse mundo totalmente volátil, incerto, complexo e ambíguo o famoso mundo VUCA.

Garantindo que todos do topo da cadeia estão em consonância com essa nova economia digital, aí sim, você deu o seu primeiro passo para a transformação digital em larga escala dentro da sua empresa.

Esse assunto é tão importante que a ACE faz todo ano uma pesquisa chamada Innovation Survey, onde eles entrevistam diversos CEO’s e diretores de grande empresas do Brasil para entenderem como estão seus processos de inovação e o dado que a pesquisa de 2019 mostrou foi que 48% das empresas entrevistadas o responsável por estratégias digitais é o executivo-chefe.

Existem grandes desafios para implementar essa cultura organizacional/digital nas empresas, segundo a consultoria McKinsey os mais comuns são; fatores culturais e comportamentais, falta de entendimento das tendências digitais e falta de talentos na área digital.

Os gestores têm um papel fundamental para a disseminação cultural dentro das organizações, mostrar para todos os funcionários a importância desse tema é caminho para o sucesso de uma transformação digital bem sucedida.

Um bom começo depois de definir o grau de maturidade digital dos times é implementar os OKR’s (Objectives and Key Results) que nada mais é um modelo ou framework para gestão ágil de desempenho de equipes, um dos seus grandes benefícios é trazer clareza na definição, foco e prioridades dos projetos.

Chego ao fim desse artigo com o intuito de trazer alguns pontos que são relevantes para a retomada do mundo dos negócios no mundo pós-covid, não existe premissa verdadeira no mundo em que estamos vivendo, mas dar alguma diretrizes e caminhos pode fazer toda diferença no futuro.

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